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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

COLUNISTA - Viviane Maragno


O perigo da
rubéola na gravidez


A rubéola é alvo de preocupação constante para qualquer grávida que saiba dos efeitos nocivos. É uma doença infecciosa causada por um RNA vírus, que tem como único hospedeiro o ser humano. A transmissão se dá de pessoa para pessoa, pelo trato respiratório.
A transmissão se inicia sete dias antes de aparecerem as pintinhas na pele e continua sete dias após o desaparecimento delas. O período de incubação é de 2 a 3 semanas e o contágio se efetiva através do contato prolongado com o doente. Os primeiros sinais se caracterizam por febre baixa, dor de cabeça, falta de apetite, olhos congestos e aumento de secreção nasal. Pode haver também tosse, dores nas articulações e aparecimento de gânglios ou ínguas na região retroauricular.
Como a infecção pode ser assintomática, devese fazer sorologia em toda gestante suscetível, que tenha tido contato com pessoa infectada. Mesmo assintomática, a rubéola pode ser transmitida para o feto, segundo alguns autores. Pode haver casos de reinfecção em mulheres que tenham contato muito intenso com o doente como um filho, por exemplo , ou quando a imunidade foi adquirida por uma única dose da vacina. Assim, mesmo para mães que tenham tido a doença, não é recomendável qualquer contato com um doente, devendo se afastar, de imediato.
A rubéola é uma doença que pode ocorrer em pessoas de todas as idades. Em condições normais, ela não traz graves riscos para a saúde. No entanto, existe uma fase da vida da mulher que contrair rubéola é bastante perigoso: durante a gestação! Isso porque a doença poderá ser transmitida da mãe para o bebê que está no ventre, causando malformações fetais, especialmente se a contaminação ocorrer durante os três primeiros meses da gestação. Quando transmitida da mãe para o feto, a doença é chamada de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).
A gravidade das complicações que o bebê poderá ser sofrer vai variar de acordo com o período de gestação.
O acometimento fetal é tanto mais grave quanto mais cedo se der a infecção. Até a 11º semana existe o risco de má-formação fetal caracterizada pela síndrome da rubéola congênita (catarata, surdez, retinopatia, microcefalia, microftalmia, má-formação cardíaca, retardo mental importante, etc.) A partir de 11º até 16º semana, encontraremos alterações auditivas e, às vezes, distúrbios do desenvolvimento neuromotor, quando há acometimento do feto. Após 18 semanas, mesmo havendo infecção do feto, não há comprometimento do recém-nascido, segundo alguns trabalhos publicados. Sabe-se, que rubéola congênita está associada à diabetes e doenças psiquiátricas na vida adulta.
O diagnóstico da infecção do feto pode ser feito através de ultra-som e exame de sangue por punção do cordão, sempre na segunda metade da gestação, pois antes disso o sistema imunológico do feto é imaturo e pode dar falso negativo.

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