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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

POLÍCIA - Maria da Penha registra em média 20 ocorrências por mês

A lei que prevê proteção às mulheres registra cerca de 20 ocorrências por mês em Içara, deste número 20% pode ser considerado delitos graves, como lesão corporal ou ameaça de morte.


Na região, a história de R.B.C.P. ganhou notoriedade nesta semana. Casada há quase dez anos e com dois filhos, a mulher tornou público o desabafo ao ter sido agredida pelo marido, S.R., no último fim de semana. No couro cabeludo, ela exibe falhas deixada pela força da violência, além das marcas delatadas pelo corpo.
No último sábado, 16, o suposto agressor que cumpriu 12 anos por latrocínio e está sob condicional, teria fugido com o carro e abandonado a mulher e as duas crianças, de quatro e cinco anos, em uma localidade distante durante a madrugada. Ele teria pego o veículo para ir até o bairro Renascer, em Criciúma, para comprar crack. R. diz que ligou para a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) para solicitar intervenção, mas foi informada de que nada poderia ser feito, já que a viatura estava atendendo em outro local.
Em seguida a mulher teria ligado para a Polícia Militar, mas foi comunicado que a ocorrência era de competência da PMRv. No total, nove ligações teriam sido feitas sem que o devido respaldo fosse recebido.
“O atendimento foi péssimo. Não me senti nem um pouco protegida”, comenta. No dia seguinte, R. teria sido agredida em sua residência por S. na presença dos filhos.
Na tarde desta segunda-feira, 18, a vítima prestou depoimento na Delegacia da Polícia Civil e realizou o exame de corpo de delito.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Marin Iasco, explica que em situações similares as mulheres devem acionar a Polícia Militar. E posteriormente deve ser registrado Boletim de ocorrência na PC. Seguindo o procedimento, a vítima é intimada para prestar depoimento e realizar a instauração do inquérito. Em casos mais graves é solicitado o pedido de medida protetiva a um juiz, estipulando um distanciamento do agressor. O delegado solicitou a medida para R. ontem, sendo que o juiz terá 48h para emitir uma resposta.
No município, em média 20 ocorrências baseadas na Lei Maria da Penha são registradas por mês.
De acordo com Iasco, apenas 20% deste número pode ser considerado delito grave, como lesão corporal ou ameaça de morte. O restante dos registros seriam referentes a ofensas ou difamação.
Ele diz ainda que muitas mulheres desistem da queixa quando são intimadas na Delegacia.

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