(Alex Cichella/Jornal Içarense)
Conseguir atendimento médico tem sido uma dificuldade aos içarenses. A saga enfrentada pelo presi-dente da Associação de Moradores do Bairro Presidente Vargas, Paulo Sil-veira, representa a atual condição da saúde pública no município.
Nesta terça-feira, dia 30, Paulo levou a filha que estava com desidratação pa-ra consultar na unidade de saúde do bairro, às 15h, mas o posto estava fechado em razão de uma reunião interna. Silveira teve que se deslocar até a unidade 24h do bairro Próspera, em Criciúma, onde foi prescrita uma medicação emergencial.
No dia seguinte, segundo ele retornou à unidade de saúde do bairro às 9h e a médica teria saído às 8h30min para realizar visitas domiciliares e não teria mais voltado ao posto pela manhã. Já nesta quinta-feira, 2, uma nova tentativa de atendimento, desta vez no Hospital São Dona-to, em Içara, foi frustrada pela falta de corpo clínico.
De acordo com o diretor do HSD, Acirton Costa, há dez dias três novos médicos foram contratados pa-ra atuar no pronto-socorro. Ele diz ainda não ter conhecimento da falta de a-tendimento. “A situação ainda está delicada. Precisaríamos de no mínimo mais três médicos”, ressalta Costa, acrescentando que a direção está trabalhando para quitar a dívida da instituição que supera R$ 12 milhões, entre pendências bancárias, INSS e folha de pagamento. A diretora do HSD, Clei-de Geremias, não foi localizada.
A enfermeira responsável pela unidade do Presidente Vargas informou que o atendimento médico é realizado de segunda à quinta-feira, pela manhã e à tarde. Ela acrescentou que todas unidades possuem cronograma de reuniões internas, as quais são realizadas todas as quartas-feiras na localidade.
O secretário de Saúde, Laudo Calegari, disse que não ter conhecimento da situação. Mas, declarou que está prevista para a próxima semana uma reunião para tratar do atendimento médico nas unidades do município.
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