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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

VIDA e Comportamento



O remédio
da vida


Nesta semana fiquei pensando sobre a Vida dos remédios e o Sentido da vida. Parece-me que a Vida sem sentido fica sem remédio. Assim, acabamos tomando medicamentos para dar remédio à vida que está sem sentido. É como se o remédio (medicamento) fosse resolver a falta de sentido que temos em nossas vidas
Não estou negando a importância dos medicamentos que vão reduzir o sofrimento, e vão curar uma enfermidade. Estou falando dos tantos outros medicamentos que tomamos como forma de reduzir a falta que sentido. A quantidade de medicamentos que tomamos para poder esquecer o vazio existencial que possuímos.
É realidade que as doenças existem. È verdade que os medicamentos vieram para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Mas estou pensando na ampla difusão de certos medicamentos que, de alguma forma, servem para fazer esquecer o vazio existencial provocado por tanta desvirtudes e descaminhos de nossa vida.
Muitas vezes tomamos medicamentos para esquecer nossa covardia, seja por falta de iniciativa ou falta de coragem de enfrentar as dificuldades e procurar compreende-las. Afinal o quanto acabamos sendo engolidos por idéias de que a ausência do outro pode ser substituída pela presença de um comprimido, que ao tomar a noite (e muitas vezes de dia) substitui e fecha nossos olhos. Fechar os olhos (ou tapá-los com medicamento que nos abafa e nos faz esquecer) é a solução definitiva de nossos problemas. Ao invés de alterar o caminho das escolhas de nossa vida, tomamos um medicamento para fechar osolhos e esconder a dor de nossa consciência. Afinal, é mais fácil achar uma solução fora de nós. Quando algo dá errado culpamos alguém. Quando sentimos um vazio existencial culpamos a falta do comprimido. Quando o médico acredita que a pessoa tem que mudar sua sistemática de vida, a culpa é do médico. Enfim, parece que gostamos e procuramos culpar sempre aos outros, para ficarmos tranqüilos com nossa própria consciência. E acabamos esquecendo que nossa consciência depende de nós, de nossas escolhas e nossa caminhada, por mais dolorida que ela possa parecer. Se comprimidos fossem sempre a solução, então ao nascermos já viríamos com um saquinho embutido para os medicamentos adequados que deveríamos tomar a cada fase da vida. Afinal de contas: nossa vida é perfeita,só falta encontrarmos o medicamento adequado para cada sentimento e cada etapa que surgir em nossa vida imperfeita. A realidade é que só não desenvolvemos a sabedoria e a consciência para compreender nossas vidas e seus percalços, pois procuramos culpar os outros e tomar nossas bagas de cada dia, para podermos então esquecer as dores da nossa vida.
O único efeito colateral desta medicação: Possível cegueira existencial e infelicidade exagerada. O comprimido,em superdosagem pode impedir que o paciente veja a si mesmo.

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