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quarta-feira, 23 de março de 2011

COLUNISTA - Elza de Mello



Aquém dos trilhos Vidas em Crônicas (9)

Dia 22 de março, Dia Mundial da Água. Água, fonte vida e bem doado pe-la natureza é base funda-mental para a vida no Pla-neta e, para mensurar a importância que a água tem sobre a vida humana, basta lembrar que mais de 60% do corpo humano é constituído de água.
Entretanto, há pessoas que desconhecem a neces-sidade de preservar um bem tão precioso à vida do nosso Planeta.
Conforme dados, da Or-ganização das Nações Unidas (ONU), sobre a á-gua no mundo, pode-se a-firmar que seis a oito por cento dos recursos hídri-cos são utilizadas nos ser-viços domésticos: cozi-nhar, lavar, beber, entre outros; vinte a trinta por cento são empregadas nas ativida-des indus-triais e se-tenta a oiten-ta por cento servem às a-tividades a-grícolas, pa-ra a produç-ão de alimen-tos em alta escala. Hoje, é divulgado mundialmente que é ne-cessário usar a água com critérios para evitar racio-namento e, futuramente, até o desaparecimento desse líquido vital da face da terra. E vejo que as do-nas de casa foram as pri-meiras a entrar na ordem do aproveitamento e rea-proveitamento da água.
Até mesmo as lavado-ras de roupa doméstica vêm com a opção do rea-proveitamento da água para os ciclos de lavagem. Os banhos de chuveiro e a escovação de dentes tive-ram como que um crono-grama para evitar o des-perdício.
Na mídia, as mais criati-vas mensagens são publi-cadas: “para o próprio bem e de futuras gerações, tome uma atitude decisiva em relação à água. Basta uma gota de bom senso. Basta um pingo de consci-ência”. Tudo isso mostra a criatividade para a re-e-ducação do uso da água. Mas será possível econo-mizar a água na indústria e na agricultura?
Na agricultura, o traba-lho das microbacias rendeu uma consciência ecológica palpável. Uma marca indelével do projeto microbacias foi a consciên-cia de que a mata ciliar é fundamental para a pre-servação das nascentes. E esta conscientização fez com que o agricultor desti-nasse 20% de reserva am-biental.
Em Içara, a agricultura não gasta este percentual por não ter uma escala considerável de produção irrigada. O município tem um potencial considerável de água doce, somando as lagoas e o lençol freático. A produção agrícola de destaque içarense, desde o início da colonização sempre foi de solo seco co-mo: mandio-ca, milho, ca-na-de-açú-car, feijão, ba-tata-doce, verduras e frutas.
Mesmo o arroz produ-zido para o gasto era de sequeiro e não de irri-gação. Hoje já temos uma demanda da água para a produção de arroz irrigado no município e alguma produção de verduras hi-dropônica, mas para o po-tencial hídrico chega a ser irrisório para o município.
O quadro natural que nos baseamos no mo-mento é de um município com uma larga faixa lito-rânea abundante de la-goas de água doce. Dada a separação do Distrito do Rincão, penso que Içara precisará repensar o ma-nancial de água potável. A reserva hídrica principal, o Rio dos Porcos pede u-ma atenção especial no percurso, desde a nascente que hoje está inserida no território criciumense. A fonte principal, creio, será o lençol freático com os poços artesianos para não dependermos totalmente de outro município.
Proponho, que façamos um brinde com a liquidez da água potável para sal-dar esta data mundial, en-quanto pensamos seria-mente na àgua: o valor in-dispensável e a preserva-ção urgente para Içara, nossa terra e nossa gente.

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