Movimento municipalista perde força nos últimos anos
Muitos Prefeitos do Brasil estão ficando enfraquecidos com os problemas que serão gerados com os cortes junto ao orçamento geral da união 2011 e a possível perda de convênios (2007-2008-2009) em andamento que não tiveram iníci-o das obras. A carga tributária, que é obtida pela divisão da arrecadação da União, Estados e Municípios pelo PIB, apre-senta crescimento centralizador por parte da União.
Nos últimos anos, os Municípios tiveram perdas signifi-cantes, pois já participaram no passado com 22% da carga tributária e nos dias atuais aproxima-se de 16%. No Município, o cidadão possui mais contato com os políticos, e estão constantemente em rodas de conversa ou até mesmo dentro das próprias Prefeituras e Câmaras Legislativas Municipais.
Qualquer problema na condução da Administração Municipal, apresenta-se sobre o administrador uma vitrine para acareações, cobranças e justificativas pelo não cumprimento ou pelas práticas de forma não eficaz na gestão dos recursos públicos. Junto à arrecadação da mãe maior, Brasília, está muito distante do cidadão. Os Ministérios não atendem os Municípios com respeito e dignidade, muitas vezes desligando os telefones ou em horários de almoço intermináveis. As lideranças das bancadas federais, que devem estar sempre em si-nergia com os Ministérios e votando de acordo com as normas governamentais, só garantem a liberação dos recursos das emendas sobre a forma de apoio incondicional ao governo. Com a definição que muitas obras em Municípios de pequeno e médio porte podem ficar sem repasse, principalmente pelo Ministério das Cidades, nos surge uma grande questão: Quando teremos uma reforma tributária em favor dos Municípios? Praticamente estamos precisando de forças muito maiores para combater a mãe União.
Com os cortes anunciados, a Confederação Nacional dos Municípios deve intervir junto ao governo para que as cidades de pequeno e médio porte não tenham a situação ceifada e praticamente aniquilando o movimento municipalista que clama por uma melhor e mais justa distribuição da arre-cadação tributária brasileira.
De 10 a 12 de Maio ocorrerá em Brasília a XIV Marcha dos Prefeitos que partem em busca de recursos para realizarem investimentos e a última grande conquista do movimento municipalista foi o acréscimo de 1% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) o que mostra que a centralização dos recursos na União vem aumentando nos últimos anos, deixando o movimento municipalista sem forças e sem expectativas de receitas melhores.
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