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terça-feira, 21 de junho de 2011

POLÍTICA - Gaeco aponta quatro vereadores em fraude sobre voto marcado

A investigação do Gaeco sobre as cédulas marcadas na votação do veto do prefeito, na Câmara, em 16 de maio, confirmaram as suspeitas de fraude no processo, indiciando quatro vereadores.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

O Inquérito Policial nº 005/2011 que investigava possível fraude na votação do veto do prefeito Gentil da Luz ao projeto de Lei que prevê a extinção da APA de Santa Cruz e reduz atribuições da Fundai, foi finalizado na última semana.
Nesta segunda-feira, dia 20, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), de Criciúma, divulgou o resultado das investigações, que tiveram início devido a uma denúncia do Movimento Iça-rense pela Vida (MIV).
O inquérito apontou o envolvimento de quatro ve-readores, sem citar os nomes. Três deles “patrocinaram interesses particulares de uma Indústria Carbo-nífera que pretende se instalar no território do município de Içara, atos estes que configuram, em tese, os crimes de advocacia administrativa e prevaricação”, e mais um vereador, junto com um “alto funcionário da Cooperativa de Eletrificação”, que tiveram participação em “indevida marcação de voto”, “atos estes que configuram, em tese, os crimes de falsificação/a-dulteração de documento público e constrangimento ilegal”, confirmou a nota enviada à imprensa.
As investigações do Ga-eco citaram o envolvi-mento de Cooperaliança e que vereadores estariam sendo pressionados a atender interesses da cooperativa. “As investigações a-pontam que houve claro planejamento para marcação de voto visando à intimidação e represálias futuras a determinados vereadores, caso não agissem de acordo com os interesses da Cooperativa de Eletrificação de Içara”, disse a nota, completando: “Por fim, as investigações ainda detectaram a prática de possíveis atos de improbidade a-dministrativa contra alguns dos investigados, cu-jos indícios também estão sendo encaminhados ao Ministério Público da Co-marca de Içara para fins de instrução de eventual ação civil própria”. O Gaec, força-tarefa composta pelo Ministério Público estadual e as Polícias Civil e Militar, encaminhou o Inquérito ao Fórum de Içara. O ca-so agora está nas mãos do promotor Henrique da Ro-sa Ziesemer, que poderá entrar com ação penal e administrativa.
No dia 16 de maio, a equipe do Gaeco cumpriu ordem judicial para apreender as cédulas da votação secreta que decidia sobre a derrubada de veto do prefeito ao projeto de lei. A apreensão foi feita depois de finalizada a votação e anunciado o resultado.
O JI tentou contato com o responsável pela Coopera-liança sem sucesso.

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