POLÍTICA - Boca está com “malas prontas” para trocar PP pelo PMDB

Eleito pelo Partido Progressista (PP), Boca apoia e tem afinidade com a administração do Prefeito Gentil Dory da Luz e quer fortalecer a região que representa, mas como vereador do PMDB.

Arquivo/Jornal Içarense)

Joacir Domingos Pereira, o Boca, eleito vereador de Içara em 2004 e reeleito em 2008, pelo Partido Progressista, já anunciou que vai trocar de partido. A nova sigla do vereador é o PM-DB, partido do atual prefeito Gentil Dory da Luz.
Boca não esconde a afinidade com o chefe do Executivo e atribui a ida para o PMDB aos “grandes projetos” da Administração Municipal, os quais diz ter acompanhado de perto nos últimos meses.
“Tenho como justificar a minha ida para o PMDB. Sou filho de Içara e jamais vou perder a oportunidade de ser eleito novamente vereador, apoiando o prefeito Gentil da Luz, pelos grandes projetos que está comandando e que eu estou a par. Quero acompanhar o crescimento do município. O meu voto vai continuar sendo daqueles que tiverem o melhor para a cidade”, enfatizou o vereador.
Boca garante que não está saindo do PP por interesse próprio, mas em prol de um plano político para Içara.
Para não perder a cadeira no Legislativo, o qual conquistou pelo PP, Boca precisa esperar abrir uma janela partidária, ou seja, só poderá efetivamente trocar de sigla quando faltar um ano para as eleições, em outubro.
“Em outubro estamos planejando uma grande reunião no bairro que represento, o Presidente Var-gas, unindo lideranças também do Demboski e do Liri, a fim de preparar as eleições de 2016”, enfatiza Boca. O plano do vereador para o futuro é criar uma força política entre os bairros, para eleger vice-prefeito um empresário da regi-ão. “Quero criar um novo estilo de política naquela região. Vamos levantar a pessoa mais preparada entre os três bairros para ser vice em 2016. Quero va-lorizar as pessoas que moram lá, que também merecem espaço”, adiantou.
Boca afirmou, entretanto, que o motivo da sua saída do PP também está relacionado a decepções dentro do partido. “Na época em que o ex-presidente da Câmara, o Caetano Pedro Costa, foi eleito, eu tinha a-poio para ser presidente. Mas, fui fiel ao partido e apoiei a candidatura dele. Agora, no ano passado, na eleição do presidente Dar-lan, eu também tinha um bloco que votaria em mim. Novamente cumpri o que acordamos, o problema é que não aconteceu nada do que a gente conversou. Estou saindo por que pessoas que comandam o partido não tomaram as nossas dores”, confidenciou.
Boca está analisando a troca de sigla, com o auxílio de um advogado, para não tropeçar na questão da fidelidade partidária e poder reeleger-se ao Legisla-tivo no próximo ano, mas, agora, pelo PMDB.