(Bruna Borges/Jornal Içarense)
O Movimento Içarense pela Vida (MIV), que luta desde 2011 para provar que alguns vereadores legislam a favor dos próprios interes-ses financeiros, teve nestes últimos meses conquistas importantes, com a ajuda do Ministério Público. “Não somente o MIV, mas toda a população içarense está se sentindo mais confortável ao ver que a impunidade po-de ser amenizada”, enfati-zou um dos integrantes do MIV, Renato Brígido.
O integrante do movi-mento destacou que desde 2001 o povo está perdendo a representatividade políti-ca, pois sempre quando os vereadores têm que decidir entre interesses da popula-ção e interesses da minera-dora, ficam do lado da em-presa. “O povo ficou de-samparado. Queremos res-gatar a moral da classe po-lítica. E isto começa com o comportamento dos eleito-res, que devem ser honestos e não vender voto”, ressal-tou o militante.
Para Brígido, os três ve-readores citados na fraude da marcação de cédulas na Câmara Municipal, mais o presidente da Cooperalian-ça, também envolvido, se-rão condenados. “A frau-de é muito evidente. Basta ler as transcrições das con-versas telefônicas entre e-les”, observou Brígido, completando ao dizer que o conteúdo das transcri-ções já está disponível na página do movimento na internet: www.movimen-toicarensepelavida.com.br.
A moralização política defendida pelo MIV não abrange só a suposta inter-ferência da mineradora na cidade, mas também ação de políticos em entidades.
Os ambientalistas defen-dem a retirada de políticos da gestão do Hospital São Donato. “O Conselho CuRa-dor deve votar nos próxi-mos dias a mudança no es-tatuto. Os políticos em car-gos de gestão acabam con-fundindo as coisas. Somos contrários a isto, mas a fa-vor da ajuda política nas instituições”, explicou.
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