Após 30 dias de espera, para ver o desenrolar dos acontecimentos, os vereadores de Içara resolveram abrir a CPI das cédulas marcadas, solicitada pelo Ministério Público à Câmara Municipal.
(Bruna Borges/Jornal Içarense)
Os vereadores de Içara a-nunciaram na noite desta terça-feira, dia 16, após reunião, a portas fechadas, no Plenário da Câmara, que vão abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o envolvimento dos afastados do Legislativo na fraude da marcação de cédulas da votação do veto do prefeito Gentil da Luz ao projeto de lei que extinguiu a APA de Santa Cruz e reduziu atribuições da Fundai.
O grupo, entretanto, não quis divulgar, por hora, quem serão escolhidos presidente, relator e secretário. Apenas disse que a CPI será composta por um membro de cada bancada existente na Câmara, ou seja, cinco vereadores.
“Vamos entrar com um requerimento para abrir a CPI até segunda-feira, dia 22. No mesmo dia anunciaremos quem vai ficar em cada cargo”, explicou o vereador Jurê Carlos Bor-tolon (PMDB).
O requerimento propondo a constituição de Comissão deverá indicar a finalidade devidamente fundamentada; o número de membros; e o prazo de funcionamento. Será presidente da comissão a primeira pessoa que subscrever o requerimento.
A CPI tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e se-rá criada por maioria absoluta de votos, mediante requerimento de um terço dos membros.
O relatório final da CPI deverá ser encaminhado ao Ministério Público de Içara, para que promova a responsabilidade criminal dos infratores.
O Legislativo içarense vai averiguar se houve ou não quebra de decoro parlamentar dos vereadores Darlan Bitencourt Carpes (PP), Acirton Costa (PM-DB) e Itamar da Silva (PP).
Os vereadores não envolvidos na fraude haviam prometido, na sessão legis-lativa de segunda-feira, dia 15, que a CPI seria aberta. A sessão contou com a presença de militantes do Movimento Içarense pela Vida (MIV), munidos de cartazes nos quais estava escrito “CPI já”.
A criação de uma CPI no Legislativo içarense foi requisitada pelo Ministério Público de Içara, logo após o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gae-co) de Criciúma relatar em inquérito o envolvimento dos vereadores citados.
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