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sábado, 26 de novembro de 2011

Colunista Vivi Maragno

Dengue

A Dengue é uma doença infecciosa (é uma virose). Trata-se de um arbovírus (vírus da família do vírus da febre amarela) que só pode ser transmitido ao homem por um vetor (transmissor) um artrópodo hematófago (animal que tem os membros articulados e alimenta-se com sangue - o mosquito Aedes aegypti). Não há transmissão homem-homem, sem a ação do vetor.
Cada um dos virus pode causar enfermidade grave e mortal. Cada sorotipo proporciona imunidade (defesa organizada) específica para toda a vida. A imunidade cruzada (de um para o outro sorotipo) é de curta duração (meses), como são quatro variedades, uma pessoa pode ter dengue quatro vezes. Dentro de um mesmo sorotipo parece existir capacidade variável de disseminar uma epidemia com diferentes níveis de gravidade.
1. Febre, de início súbito;
2. Dor atrás do olho (retro-ocular) e forte dor de cabeça (cefaléia) às vezes muito intensa.
3. Dores nos músculos (mialgias) e nas juntas (artralgias) que podem ser relatadas como muito intensas.
4. Vômitos de difícil controle e/ou náuseas ;
5. Erupção cutânea (exantema) que pode surgir em diferentes momentos da doença tem aspecto variável, desde predominância de petéquias (pontos de sangue) até somente eritematosa (avermelhada). Em pessoas de pele mais clara se notam mais as petéquias e o eritema, nas de pele mais escura chama atenção o aspecto maculopapular (manchas com alguma elevação).
Até 33% dos infectados podem desenvolver manifestações hemorrágicas. Estas hemorragias como regra são de mínima gravidade. São mais características as seguintes: hemorragias cutáneas: petequia, púrpura, equimose; gengivorragia (sangramento gengival); sangramento nasal (epistaxe); sangramento gastrointestinal; hematemesis (vômito com sangue); melena (evacuação de sangue digerido, fezes pretas) e hematoquezia (sangue misturado com fezes); hematúria (sangue na urina); aumento do fluxo menstrual.
Estas hemorragias variam largamente desde leves até intensas e graves podendo desencadear choque por perda de sangue. Diagnóstico: são fundamentais os dados de anamnese e exame físico. É importante analisar a história de viagem para lugares com dengue endêmico, bem como o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o retorno da viagem, a incubação da dengue varia de 3 a 15 dias.
Prevenção: Não existe vacina ou medicamento que proteja individualmente contra a dengue. A prevenção é não permitir a reprodução do Aedes (que em grego significa “indesejado”), não permitindo o nascimento de novos mosquitos.
Educação: A medida de prevenção mais eficiente é o combate ao mosquito que transmite a doença. Medidas educativas de repercussão ambiental e conscientização da sociedade para diminuir os locais onde as larvas dos mosquitos se criam são decisivas na prevenção.
Recomendações da Saúde Pública : A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. É necessário acabar com os criadouros (lugares de nascimento e desenvolvimento dele). Não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente como: garrafas, pneus, pratos de vasos de plantas e xaxim, bacias, copinhos descartáveis. Tapar caixas d'água, poços, cisternas e outros depósitos de água.
Outras recomendações: Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando um pano ou uma bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos. Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos. Limpe as calhas e as lajes das casas. Lave bebedouros de aves e animais com uma escova ou bucha e troque a água pelo menos uma vez por semana. Guarde as garrafas vazias de cabeça para baixo, jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas, latas e tudo o que acumula água.
Mas atenção: o lixo deve ficar o tempo todo fechado!
Até a semana que vem com mais um assunto.

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