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segunda-feira, 3 de maio de 2010

COLUNISTA - Viviane Maragno


Afasia (1)

Afasia é a perda da linguagem causada por lesão no sistema nervoso central que, na maior parte das vezes, ocorre do lado esquerdo do cérebro.
Os quadros de afasia são muito variados. Vão desde a dificuldade de articular bem as palavras até a perda total da linguagem oral e da capacidade de traduzir conceitos em palavras e de simbolização.
Ela não se manifesta apenas na linguagem oral. Pode manifestar-se também na escrita, porque os pacientes perderam a capacidade de simbolizar, de traduzir o comando cerebral para a linguagem escrita. Em alguns casos, são capazes de escrever sob ditado ou de copiar, mas incapazes de ler o que escreveram. Em outros, trocam ou omitem letras, às vezes, as vogais; às vezes, as consoantes.
Principais tipos de afasia:
1) Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou logorréia, que não faz sentido para quem ouve, embora a pessoa acredite estar falando corretamente e mantenha a entonação adequada. É como se uma linha telefônica com defeito distorcesse ou truncasse as palavras interferindo na comunicação. Em geral, paciente com fala logorréica tem dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as palavras e irrita-se quando não se faz entender. É muito comum, o afásico articular palavras que existem, mas que juntas não estabelecem nenhum significado lógico. Quando há falha da compreensão, o prognóstico é sempre pior.
2) Afasia de Broca: a pessoa preserva a compreensão, mas tem dificuldade para falar porque lhe faltam as palavras. Algumas elegem jargões, uma palavra ou um nome qualquer para diferentes situações e acreditam estar comunicando o que querem dizer.
3) Afasia global: perda total da capacidade de falar, compreender, ler e escrever.
Causas: Acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranianos e encefálicos, tumores cerebrais, infecções e processos degenerativos.
Diagnóstico: pressupõe avaliar a capacidade de compreensão e de expressão do paciente. É sempre importante começar pela avaliação sensorial, uma vez que a deficiência auditiva pode interferir no processo de comunicação. Nos casos de hemiplegia provocada por acidentes vasculares cerebrais, é preciso ter certeza de que apenas um lado está comprometido, antes de pedir que a pessoa movimente o outro braço para mostrar que entende o que lhe é pedido.

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