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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

POLÍCIA - Desabamento de muro mata operário no bairro Boa Vista

Empreendimento não possuia alvará de construção; Polícia Civil irá instaurar inquérito para apurar se há responsabilidade no acidente, que deixou dois operários soterrados pela queda de um muro.

(Daniela Soares/Jornal Içarense)

O recreio dos alunos da Escola Municipal Paulo Rizzieri foi interrompido ontem por um incidente já anunciado. Por volta das 10h, dois operários foram soterrados por um muro de contensão em um terreno particular, no bairro Boa Vista, em Içara.
Uma das vítimas, Hercí-lio de Souza, 40 anos, encaminhadas ao Hospital São José, em Criciúma,não resistiu aos ferimentos e veio a óbito por volta das 14h. O homem, que teve os membros inferiores presos no so-terramento, sofreu fratura nas costelas, pernas e hemorragia interna. O outro o-perário, J.N.M., 50, sofreu fratura na clavícula, mas permanece no hospital.
Conforme o secretário de Planejamento, Emérson de Jesus, o empreendimento foi embargado, já que não possui alvará de construção. Ele explica que existe fiscalização, mas que a a-brangência do município dificulta os trabalhos. A regulamentação da construção já foi reque-rida pelo dono.
O delegado Rafael Marin Iasco informou que um inquérito será instaurado para apurar se há responsabilidade no acidente. As investigações já foram iniciadas com a solicitação do parecer técnico do Conselho Regional de Engenharia (CREA) e deve seguir com a perícia.
A obra que abrange os fundos da escola, já teria registrado um desabamento em abril, provocando a queda de uma parte do muro da instituição, segundo os funcionários.
O bibliotecário Rafael Marcelino da Silva, conta que no momento do acidente estava no pátio com uma turma da sétima série, e viu um dos homens coberto até o joelho por blocos de concreto. Ele e três alunos desceram para ajudar na remoção das pedras, quando foram surpreendidos por um grito de socorro. “Achávamos que não tinha mais ninguém, porque ele estava totalmente soterrado e não dava para ver nada. Ele pedia o tempo todo para que nós não deixássemos ele sozinho”, relata.
Segundo o diretor da escola, Claudiomir da Silva, há alguns meses quando aconteceu o primeiro desabamento, a única medida a-plicada foi a colocação de uma cerca baixa de madeira no local em que era o muro da instituição. “Tomamos todos os cuidados possíveis, mas essas condições representam um risco para os alunos”, considera.
O responsável pela obra se comprometeu em arcar com as despesas e também legalizar a construção.

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