(Daniela Soares/Jornal Içarense)
Enquanto alunos e professores aguardam o início do ano letivo, os pais dão a largada na busca pelo material escolar. Para garantir qualidade e economia, o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) de Içara pesqui-sou 51 itens da lista escolar em cinco estabelecimentos do município.
Na maioria dos produtos avaliados a diferença de preço superou 100%. Dez itens apresentaram diferença de 50% e em seis casos a variação ficou entre 50% e 100%.
“As diferenças de preços mostram que os pais precisam pesquisar antes de comprar o material escolar dos filhos”, ressalta o coor-denador Executivo do Pro-con, Giovani Martins da Silva. Ele destaca ainda que o consumidor deve negociar descontos e prazos para o pagamento.
Foi constatado que a ma-ior diferença entre os preços corresponde aos itens básicos da lista, como um apontador de plástico. O produto simples, sem co-letor é vendido em uma loja por R$ 0,12. Já em outra o valor chega a R$ 1,76. Um caderno espiral com 200 folhas pode variar de R$ 3,50 a R$ 9,40.
O valor pela visão
Qual seria o responsável pela diferença dos preços? Duas respostas são unânimes: a marca e a aparência. No comércio de Marcelo Casagrande, a mochila de rodinhas com estampa da Barbie custa R$ 189,00. Já a mochila também de rodinhas com motivos mais simples custa R$ 34,90.
Para o comerciante, a principal diferença está na qualidade. No caso da mochila, ele avalia que o tamanho e a durabilidade dev-em ser levados em conta. Nas prateleiras principais os cadernos trazem os ídolos do momento, personagens tradicionais e os times esportivos do coração. Já no setor das promoções estão as capas que sobraram do último ano.
Apostando na atualidade, o comerciante Eduardo Cardoso dos Santos, acredita que o destaque do ano letivo serão os cadernos da Banda Restart. Na papelaria em que atua, o caderno simples de 200 folhas custa R$ 7, já o da banda teen fica na faixa de R$ 29,90.
“Um caderno simples é como um carro popular. Não tem vidro elétrico ou direção hidráulica”, considera Santos. Mas, o comerciante ressalta que a pesquisa entre os estabelecimentos pode contribuir muito ao consumidor. “É importante a pesquisa. Só assim se percebe a diferença real de preço”, diz.
Aumento anual
Uma pesquisa realizada pelo Procon de Criciúma a-pontou um aumento em 25% nos produtos em comparação ao último ano. Na papelaria de Santos, o aumento permeia 15%. “Muitos consumidores pedem desconto, mas dispomos de um preço justo. Prezamos por um produto de va-lor intermediário, mas de qualidade”, acrescenta.
Já Casagrande, afirma que o preço subiu pouco em razão do acréscimo de um imposto estadual.
Época de lucro
Desde outubro do último ano, Casagrande prepara o estoque para o início do ano letivo. “Algumas marcas são garantidas todos os anos, como a Capricho”, pontua.
Assim como o comerciante, a época é a mais lucrativa do ano no setor. “É o nosso Natal”, define o comerciante Santos.
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