O blog JIdiario agora é portal JInews.com.br, com muito mais interatividade e conteúdo atualizado a todo momento. Acesse e confira.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

GERAL - Direção do HSD vai ao MP e pede médico para prefeitura

A crise pela qual o Hospital São Donato de Içara está passando, pelo fato da escala de médicos do Pronto Socorro estar desfalcada, teve mais um episódio com a morte de um homem.

(Divulgação)

A morte do aposentado Darci José Ross, de 62 anos, na manhã de quinta-feira, dia 14, no Hospital São Do-nato (HSD), quando não havia médico para atendimento, foi o estopim para que a direção da instituição procurasse ajuda, mais uma vez, do Ministério Público (MP) e Administração Municipal de Içara.
Em reunião com o promotor do MP de Içara, Márcio Rio Branco Nabuco de Gouvêa, na tarde desta sexta-feira, dia 15, a diretora administrativa do hospital, Cleide Geremias; e o presidente da instituição, Acirton Costa; pediram que a gestora de Saúde de Içara, Mira Dagostim, conseguisse dois médicos que trabalham nos postos de saúde do município para atender no hospital nas terças e quintas-feiras pela manhã, dias em que não há profissional na escala para o Pronto Socorro.
“O atendimento da rede municipal não vai ser prejudicado, pois a nossa intenção é que o profissional trabalhe pela manhã no Pronto Socorro e à tarde no posto de saúde”, explicou o presidente do HSD.
De acordo com Costa, a gestora de Saúde ficou de analisar o pedido e responder na próxima semana.
A diretora administrativa também falou da falta de profissionais interessados.
“Ligamos todos os dias para órgãos de medicina, a fim de conseguir profissionais, mas eles preferem trabalhar em consultório nestes horários. É uma lu-ta”, justificou Cleide.
O promotor explicou à direção do HSD que já existe uma Ação Civil Pública que prevê uma multa de R$ 2 mil, tanto para o hospital, quanto para a Administração Municipal, caso ocorra omissão de socorro.
“Em fevereiro houve audiência de conciliação, na qual o hospital e a Administração Municipal apresentaram documentos a fim de comprovar que ambos estavam com a situação regularizada. Em seguida, quando retomei o processo, após as férias, me manifestei ao Ministério Público dizendo que não estava comprovada esta regularização do atendimento de emergência e sobreaviso. Reuni notícias que mostravam a falta de atendimento e pedi que o juiz continuasse o processo”, explica Gouvêa.
Conforme o promotor, a multa ainda não está valendo, pois o juiz precisa julgar o processo.
Gouvêa informou à direção do HSD que a promotoria não poderia proibir que a prefeitura conceda os médicos, mas que a medida de-veria ser em caso de extrema urgência. “A gestora de Saúde é que deve saber o que é mais importante priorizar. Mas, o empréstimo dos médicos não deve ser adotado como solução”, adverte.
Para o promotor é intolerável que a saúde no município permaneça como está. Quando ao cumprimento do horário dos médicos nos postos, ele informou que a prefeitura já havia se comprometido com o MP a fiscalizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário