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quarta-feira, 8 de junho de 2011

POLÍTICA - Promotor confirma grampo telefônico em investigação

Após suspeitas de vereadores sobre interceptações telefônicas, o promotor do Gaeco, que investiga a denúncia de marcação nas cédulas usadas na votação da Câmara, confirma o grampo.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

O Promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Criciúma, Eduardo Paladino, confirmou a utilização de interceptação telefônica durante a investigação à possível fraude na votação do veto do prefeito Gentil da Luz ao Projeto de Lei que prevê a extinção da Área de Proteção Ambien-tal (APA) de Santa Cruz e reduz atribuições da Fundação de Meio Ambiente de Içara (Fundai), que a-conteceu na Câmara Municipal de Içara no dia 16 de maio. “Quanto à intercep-tação telefônica, está sob segredo de Justiça. Não po-demos divulgar o conteúdo. Mas, foi feita sim, com autorização judicial”, explica Paladino.
Pessoas envolvidas no processo legislativo como vereadores, servidores da Câmara, entre outros, tiveram os telefones grampeados para que as informaçõ-es sejam confrontadas com os depoimentos que estão sendo colhidos na Delegacia de Polícia Civil de Içara, pelo delegado Airton Ferreira, designado pelo Gaeco de Criciúma,
De acordo com o promotor, já foram ouvidas aproximadamente dez pessoas.
“Nesta semana vamos a-nalisar o inquérito para ver se há necessidade de ouvir outras pessoas ou, até mesmo, chamar novamente alguns que já deram depoimento. Provavelmente novas testemunhas serão ouvidas”, ressaltou Paladino.
Em até 15 dias o inquérito deve ser finalizado e entregue ao Ministério Público da Comarca de Içara.
Sobre as declarações feitas por alguns vereadores à imprensa, tanto sobre perguntas feitas na coleta de depoimentos, quanto cédulas marcadas e grampo telefônico, não haverá nenhum tipo de punição, desde que a fala seja para legítima defesa.
“Da nossa parte, as testemunhas não receberam nenhuma orientação para falar ou deixar de falar alguma coisa. Se falarem pa-ra a própria defesa, não serão punidas”, observou o promotor.
O delegado do Gaeco-Criciúma, Airton Ferreira, está em curso no Peru durante esta semana, não podendo dar maiores esclarecimentos sobre o caso das cédulas da Câmara.

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