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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

POLÍTICA - CPI pode ser substituída por relatório ao Ministério Público

Por falta de consenso para escolha do presidente, secretário e relator da CPI, sobre o caso das cédulas marcadas, o requerimento para criação da comissão não entrou em votação dia 22.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

Os sete vereadores de Içara que não foram acusados de envolvimento no escândalo das cédulas marcadas e que prometeram abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fraude dentro da Câmara, mostraram, na sessão Legislativa desta segunda-feira, dia 22, que não estão seguros da decisão.
Conforme dito pelo vereador Diego Vittorassi (PDT), durante o Horário Político, os vereadores estão “confusos”.
“Não estamos sabendo qual a melhor forma de fazer. O relatório está pronto para entregar ao promotor. Mas, é uma situação muito difícil. Se fosse feito sorteio, seria melhor”, declarou, sobre a escolha dos integrantes da comissão e dos indicados aos principais cargos: presidente, secretário e relator.
De acordo com o vereador Osmar Manoel dos Santos, o Marzinho (PP), na semana passada havia sido definido o vereador Jurê Carlos Bortolon (PM DB) como presidente e ele próprio como relator. Porém, nesta segunda-feira, Bortolon disse, antes da sessão, que não queria mais assumir. Além disso, outros vereadores manifestaram interesse pelo cargo de relator. “Resolvemos adiar o requerimento para abrir a CPI. Vamos nos reunir, provavelmente quinta-feira para definir o que fazer”, explicou Marzinho.
Bortolon, por sua vez, justificou o impasse durante a sessão. “A decisão tem que ser tomada em conjunto. Um ou dois estão ficando de fora. Uns querem se beneficiar e outros que têm esquentar a cabeça”, disse, dando a entender que alguns vereadores não estão querendo participar da CPI.
Segundo Marzinho, foi cogitado entre os vereadores a apresentação de um relatório, ao Ministério Público, com cópias das atas das reuniões feitas sobre o assunto até então, substituindo a instauração imediata da CPI. “Foi sugerido aguardar os depoimentos dos indiciados. Enquanto isto, enviaríamos um relatório ao Ministério Público, com cópias das atas das reuniões, informando tudo que já fizemos sobre o assunto”, ressaltou o progressista.
Para o vereador Joaci Do-mingos Pereira, o Boca (PP), o que está faltando para ser aberta a CPI é iniciativa e consenso entre os vereadores. “Tem que haver acordo entre os sete”, enfatizou.
O vereador Dilnei Lima (PMDB) disse que também espera que haja um consenso e aceitaria estar na comissão, apenas gostaria que não fosse escolhido presidente, por achar que os demais têm mais experiência para o cargo.
O vereador democrata Neuzi Berto Silveira (DEM) informou apenas que Mar-zinho ficou incumbido de dar informações sobre a criação da CPI e que “estão trabalhando em conjunto”. Já o presidente do Legislativo, vereador An-dré Mazzuchello Jucoski, o Polakinho (PSDB), observou que, por ser presidente, pode não integrar a CPI, que provavelmente será composta por um vereador de cada bancada.
“O setor jurídico da Câmara está analisando o meu caso”, esclareceu.

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