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sábado, 19 de setembro de 2009

COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 2)

Dependendo do excesso da dose e da sensibilidade da pessoa pode aparecer um verdadeiro estado de paranoia e até alucinações. É a psicose anfetamínica.

Os sinais físicos ficam também muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida (devido à contração dos vasos sanguíneos) e taquicardia. Essas intoxicações são graves e a pessoa geralmente precisa ser internada até a desintoxicação completa.

Às vezes, durante a intoxicação, a temperatura do corpo aumenta muito e isto é bastante perigoso, pois pode levar a convulsões.

Finalmente, trabalhos recentes em animais de laboratório mostram que o uso continuado de anfetaminas pode levar à degeneração de determinadas células do cérebro. Este achado indica a possibilidade de o uso crônico de anfetaminas produzir lesões irreversíveis em pessoas que abusam destas drogas.

Aspectos Gerais
Quando uma anfetamina é continuamente tomada por uma pessoa, esta começa a perceber com o tempo que a droga faz a cada dia menos efeito; assim, para obter o que deseja, precisa ir tomando a cada dia doses maiores. Há até casos que de 1 a 2 comprimidos a pessoa passou a tomar até entre 40 a 60 comprimidos diariamente. Este é o fenômeno de tolerância, ou seja, o organismo acaba por se acostumar ou ficar tolerante à droga.

Discute-se até hoje se uma pessoa que vinha tomando anfetamina há tempos e pára de tomar, apresentaria sinais desta interrupção da droga, ou seja, se teria um Síndrome de abstinência. Ao que se sabe algumas pessoas podem ficar nestas condições em um estado de grande depressão, difícil de ser suportada; entretanto, isto não é uma regra geral, isto é, não aconteceria com todas as pessoas.

Informações de consumo
O consumo destas drogas no Brasil chega a ser alarmante, tanto que até a Organização das Nações Unidas vem alertando o Governo a respeito. Por exemplo, entre estudantes brasileiros do 1º e 2º graus das 10 maiores capitais do país, 4,4% revelaram já ter experimentado pelo menos uma vez na vida uma droga tipo anfetamina.

O uso frequente (6 ou mais vezes no mês) foi relatado por 0,7% dos estudantes. Este uso foi mais comum entre as meninas. Outro dado preocupante diz respeito ao total consumido no Brasil: em 1995 atingiu mais de 20 toneladas, o que significa milhões de doses.

Tabela
Nomes comerciais de alguns medicamentos à base de drogas do tipo anfetamina, vendidos no Brasil. Dados obtidos do Dicionário de Especialidades Farmacêuticas (DEF) ano de 1996/1997.

Exemplos de Drogas do tipo Anfetamina
Produtos (remédios comerciais) vendidos nas farmácias:

  • Dietilpropiona ou Anfepramona - Dualid S;
  • Hipofagin S;
  • Inibex S;
  • Moderine;
  • Fenproporex;
  • Desobesi-M;
  • Lipomax AP;
  • Inobesin;
  • Mazindol;
  • Dasten;
  • Fagolipo;
  • Absten-Plus;
  • Diazinil;
  • Dobesix;
  • Metanfetamina;
  • Pervitin*;
  • Metilfenidato;
  • Ritalina.

*Retirado do mercado brasileiro, mas encontrado no Brasil graças à importação ilegal de outros países sul-americanos. Nos USA cada vez mais usado sob o nome de ICE.

COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 1)
COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 2)

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