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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 1)

Definição
As anfetaminas são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas mais “acesas”, “ligadas” com “menos sono”, “elétricas”, etc.

É chamada de rebite principalmente entre os motoristas que precisam dirigir durante várias horas seguidas sem descanso, a fim de cumprir prazos pré-determinados.

Também é conhecida como bolinha por estudantes que passam noites inteiras estudando, ou por pessoas que costumam fazer regimes de emagreci-mento sem o acompanha-mento médico.

Efeitos no cérebro
As anfetaminas agem de uma maneira ampla afetando vários comportamentos do ser humano. A pessoa sob a ação tem insônia (isto é, fica com menos sono) inapetência (ou seja, perde o apetite), sente-se cheia de energia e fala mais rápido ficando “ligada”.

Assim, o motorista que toma o “rebite” para não dormir, o estudante que ingere “bolinha” para varar a noite estudando, um gordinho que as engole regularmente para emagrecer ou ainda uma pessoa que se injeta com uma ampola de Pervitin ou com comprimidos dissolvidos em água para ficar “ligadão” ou ter um “baque” estão na realidade tomando drogas anfetamínicas.

A pessoa que toma anfetaminas é capaz de executar uma atividade qualquer por mais tempo, sentindo menos cansaço. Este só aparece horas mais tarde quando a droga já se foi do organismo; se nova dose é tomada, as energias voltam com menos intensidade.

De qualquer maneira, as anfetaminas fazem com que um organismo reaja acima das capacidades, exercendo esforços excessivos, o que logicamente é prejudicial para a saúde. E o pior é que a pessoa, ao parar de tomar, sente uma grande falta de energia (astenia) ficando bastante deprimida, o que também é prejudicial, pois não consegue nem realizar as tarefas que normalmente fazia antes do uso das drogas.

Efeitos no resto do corpo
As anfetaminas não exercem somente efeitos no cérebro. Assim, agem na pupila dos olhos produzindo uma dilatação (o que em medicina se chama midríase); este efeito é prejudicial para os motoristas, pois à noite ficam mais ofuscados pelos faróis dos carros em direção contrária. Elas também causam um aumento do número de batimentos do coração (o que se chama taquicardia) e um aumento da pressão sanguínea.

Aqui também pode haver sérios prejuízos à saúde das pessoas que já têm problemas cardíacos ou depressão, que façam uso prolongado das drogas sem o acompanhamento médico, ou ainda que se utilizarem de doses excessivas.

Efeitos tóxicos: Se uma pessoa exagera na dose (toma vários comprimidos de uma só vez) todos os efeitos acima descritos ficam mais acentuados e podem começar a aparecer comportamentos diferentes do normal: ela fica mais agressiva, irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando contra ela. É o chamado delírio persecutório.

Dependendo do excesso da dose e da sensibilidade da pessoa, pode aparecer um verdadeiro estado de paranoia e até alucinações. É a psicose anfetamínica.

Os sinais físicos ficam também muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida (devido à contração dos vasos sanguíneos) e taquicardia. Essas intoxicações são graves e a pessoa geralmente precisa ser internada até a desintoxicação completa.

Às vezes, durante a intoxicação, a temperatura do corpo aumenta muito e isto é bastante perigoso, pois pode levar a convulsões.

Até a próxima. Continua...

COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 1)
COLUNISTA - Viviane MARAGNO: Anfetamina (Parte 2)

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