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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

VARIEDADES - Fábrica de Móveis reaproveita madeiras de demolição de obras

Antônio Rodrigues Francisco, dono de uma fábrica de móveis rústicos, no bairro Sanga Funda, em Içara, resgata a história da região através da restauração de peças e reciclagem de madeira.

(Bruna Borges/Jornal Içarense)

Para muitos, madeira de demolição de obras e móveis antigos não passam de entulhos que só servem para fazer lenha ou ir para o lixo. Mas, para o marceneiro Antônio Rodrigues Francisco os objetos são matéria-prima que podem se transforma em belas pe-ças de decoração e em móveis rústicos.
Francisco descobriu, há seis anos, que é possível fazer móveis a partir de madeira de demolição. Além disso, ele faz um trabalho de “garimpagem” de peças antigas para restauração em obras da cidade.
“Algumas peças são doadas, outras eu compro. Quando vejo algum objeto antigo como objetos de engenho, carroça, entre outras, faço a restauração ou transformo em algum móvel útil”, explica.
O marceneiro mostra com satisfação os objetos antigos que conseguiu encontrar com essa garimpagem. “Com uma roda de carroça fiz esta mesa”, comenta, entusiasmado.
A ideia partiu de um sobrinho que, sabendo do tra-balho do tio com esquadrias, sugeriu a utilização de madeira de demolição.
“Ao invés de queimar, reaproveitamos taboas de casas e objetos antigos. É uma forma de preservar a história e a cultura da nossa região”, conta o artesão de móveis.
Antônio Rodrigues Francisco tem 62 anos e é natural do Rio Grande do Sul. Vive na região carbonífera há 20 anos e instalou o Engenho dos Móveis há seis anos, na localidade de Sanga Funda, em Içara.
Além da fábrica, onde produz e vende as peças, possui uma loja na qual comercializa os móveis e artigos confeccionados por ele e um ajudante.
“Meu primeiro cliente foi o jornalista Archimedes Naspolini Filho, de Criciúma, que gostou do trabalho e começou a divulgar para amigos e conhecidos, pois na região não há mais ninguém que faz móveis reaproveitando madeira usada”, ressalta.
Ele diz que recebe clientes até de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro. “Os veranistas acabam conhecendo o meu trabalho através de amigos aqui da região e me procuram para encomendar móveis, principalmente para mobiliar casas de praia e sítios”, conta.
A maioria dos clientes da marcenaria são jovens. Segundo Francisco, este público gosta de móveis coloniais, principalmente os arquitetos.
Ao redor da pequena fábrica, o marceneiro expõe as obrasem acabamento. “O fluxo de trabalho é variado. Tem semana que não recebo nenhuma encomenda, já em outras, muitos pedidos em um único dia. Gosto muito deste trabalho. Fico satisfeito em transformar estes objetos em obras”, finaliza.

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