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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

GERAL - População reclama falta de cardiologista pela Unimed

Há quatro anos Içara está sem médico cardiologista que atenda pela Unimed; o presidente da cooperativa de saúde explica que existem vários critérios para credenciamento de profissionais.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

A falta de médicos especialistas para atendimento pelo Plano de Saúde Uni-med em Içara tem irritado muitos pacientes que pagam pelo serviço.
A auxiliar eleitoral Ro-sângela Bitencourt foi uma das pessoas que se mostraram indignadas com uma recente declaração feita pe-lo presidente da Unimed Criciúma, Walter Ney Jun-queira, à imprensa local.
Junqueira informou em entrevista ao Jornal da Ma-nhã que “faltam especialistas”. Por isso, o plano não está conseguindo se adequar à demanda.
Para Rosângela, a declaração é um absurdo. “Há um tempo o Dr. Leandro Vieira de Souza, que é car-diologista aqui em Içara, le-vou todos os documentos necessários até a Unimed para se credenciar. Então, eles inventaram que ele de-veria ter consultório há pe-lo menos dois anos na cidade. Conheço médicos que não precisaram cumprir esta exigência para se credenciar ao plano”, relata Rosângela.
A auxiliar eleitoral disse que foi contactada por alguns cidadãos que pediram para que promovesse um abaixo assinado a favor da entrada do cardio-logista na lista de médicos da Unimed. “Assinaram 146 pessoas. O plano prometeu que iria credenciar o médico e até agora não nada”, reclama Rosangela.
O administrador do Fundo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos de Içara (FASSEPI), José Fras-son, relata que tem bastante dificuldade em fazer a-gendamento de consultas pela Unimed, principalmente para cardiologista.
“Cuido de um plano de saúde da prefeitura ligado à Unimed, que possui 800 filiados, entre servidores e dependentes. Há pelo menos quatro anos Içara não possui cardiologista cadastrado”, relata Frasson.
Para o administrador, a direção da Unimed não de-monstra interesse em cadastrar um profissional da área em Içara e nem mesmo de outras especialidades. “Nos nove anos que estou administrando o plano aqui em Içara, percebi que aumentou a demanda por atendimento, mas continuou praticamente o mes-mo número de profissiona-is”, observa.
Segundo Frasson, Içara possui cadastrado no plano um ginecologista, um dermatologista, dois orto-pedistas, e mais um especi-alista em cirurgia vascu-lar. “A maior dificuldade está mesmo na cardiologia. Os pacientes têm que ir pa-ra Criciúma e, até lá, está sobrecarregado, com consultas só a partir de março. Já foi bem mais fácil conseguir agendar consultas. Antes não faziam distinção entre os planos”, enfa-tiza Frasson.
O FASSEPI recebe, em média, de 20 a 30 pessoas por mês, que precisam consultar um cardiologista. “É um número bem expressivo. Precisamos com urgência deste atendimento em Içara”, ressalta Frasson.
A diretora administrativa do Hospital São Donato, Cleide Geremias, também enviou um ofício à Unimed solicitando o cadastramen-to do cardiologista de Içara. “Faz umas três semanas que enviei o ofício. Mas, não recebi retorno. Muitos pacientes que recebem alta no hospital precisam continuar o tratamento com o médico”, descreve Cleide.
O presidente da Unimed Criciúma, Dr. Walter Ney Junqueira afirma que existe uma série de parâmetros para o ingresso de médicos para cooperação. “Os critérios, entre eles a manutenção do profissional por dois anos na região, constam no estatuto da cooperativa, ou seja, foram determinados em assembleia. A diretoria não pode passar por cima da legislação. Quem determina os médicos habilitados para cooperação é um conselho técnico, composto por seis médicos cooperados eleitos em assembleia. Eles que decidem se o processo vai em frente”, ressalta o presidente.
Junqueira esclarece que, em casos de urgência, o Dr. Leandro pode atender através do plano no hospital. “Ele só não pode atender como cooperado em consultório, sem antes ter obedecido aos critérios determinados. Mas, isto deve a-contecer logo, pois tem se mostrado um bom profissi-onal. Recebemos sim abaixo-assinado e ofício. Porém, infelizmente a população tem que esperar. É uma questão regimental”, finaliza o presidente.

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