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terça-feira, 1 de março de 2011

POLÍTICA - Presidente da Câmara de Içara demite mais seis assistentes

Darlan Bitencourt Carpes informou aos vereadores sobre a demissão na sessão de ontem atendendo um parecer do Tribunal de Contas do Estado e apenas Jucoski questionou as exonerações.

(Maso Nyetto/Jornal Içarense)

O presidente do Legisla-tivo Municipal exonerou mais seis assistentes parlamentares, acabando de vez com os cargos na Câmara; vereadores contrários entraram com projeto para poderem decidir sobre as contratações.
O presidente da Mesa Di-retora da Câmara Municipal de Içara, Darlan Biten-court Carpes (PP), anunciou a exoneração de seis assistentes parlamentares durante a sessão Legisla-tiva desta segunda-feira, dia 28 de fevereiro.
De acordo com Carpes, a medida visa acatar o parecer do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catari-na (TCE/SC), que diz que a Câmara tem 63% a mais de cargos comissionados, com relação aos efetivos.
A Auditoria de Atos de Pessoal foi feita pelo TCE/SC na Câmara entre os dias 22 a 24 de novembro.
O presidente já havia demitido quatro assistentes em janeiro. O argumento era, além da recomendação do TCE/SC, o repasse de cerca de R$ 16 mil por mês de ajuda ao Hospital São Dona-to, entre os meses de fevereiro e junho.
“Eu já tinha demitido quatro. Agora, com a confirmação do parecer do TCE/SC, resolvi exonerar o restante dos assistentes. Pois, quem vai sofrer as consequên-cias depois, se a determinação não for a-catada, vai ser eu. Não quero sair da presidência e depois pagar multas por descumprir esta ordem”, declarou Carpes.
Quando demitiu os primeiros quatro assistentes, Carpes disse que a intenção era readmiti-los em julho. Agora, o objetivo é acabar com o cargo no Legis-lativo. “Estou entrando com um projeto de resolução para extinguir o cargo de assistente parlamentar. Mas, acho que não vou con-seguir apoio dos vereadores para levá-lo à diante”, explicou o presidente.
Carpes declarou que não receberia apoio, pois já sabia que os legisladores entrariam com um projeto de lei para que a contratação de assistentes fosse feitas por eles mesmos, e não pe-lo presidente da Câmara.
“Eles me deram no máximo dez dias para dar um parecer ao projeto. Mas, eu vou negar. Se eles entrarem na justiça, faço minha defesa no tribunal. E vamos ver o que vai dar”, comentou o progressista.
Carpes disse que os demais vereadores estão “colocando a faca no pescoço” do presidente. Mas, que o parecer do TCE/SC lhe dá respaldo para não desistir da determinação.
O único vereador a se pronunciar na tribuna sobre as exonerações foi André Mazuchello Juscos-ki, o Polakinho (PSDB). “Abraço a todos os assistentes que trabalharam até hoje. Achei que as demissões deveriam ser discutidas um pouco melhor. Mas, infelizmente foi assim. Espero que eles voltem para esta Casa o mais rápido possível”, lamentou o tucano.
O dinheiro economizado na folha de pagamento de-ve ser investido na Casa. “Estamos necessitando de mais três funcionários, um agente de serviços gerais, um recepcionista, e mais dois ou três atendentes. Quero contratar uma empresa terceirizada por enquanto e no final do ano fazer concurso público para os cargos na Câmara”, ressaltou o presidente, que está preparado para futuras retaliações.
Os assistentes parlamentares demitidos e os respectivos vereadores que os indicaram foram: Francisco Hortêncio Motta (Osmar Manoel dos Santos - PP); Adêmio João Pavei (André Mazuchello Jucoski - PSDB); Ademir Francisco (Acirton Costa - PMDB); Danúbio Gervázio Vieira (Darlan Bitencourt Carpes - PP); Edmilson Borges (Jurê Carlos Bortolon - PM-DB); e Paulo Donizete da Silva (Neuzi Berto Silveira - DEM).

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