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quinta-feira, 17 de março de 2011

VARIEDADES - Içarense grava depoimento para nova novela do SBT

A escritora içarense Derlei Catarina De Luca foi convidada pela emissora de Silvio Santos para gravar um depoimento para novela, sobre a experiência vivida durante a ditadura militar.

(Divulgação)

Devido à participação em uma comissão nacio-nal que busca por desapa-recidos da Ditadura Mili-tar, a içarense Derlei Cata-rina De Luca foi escolhida, junto com cerca de 50 pes-soas, para gravar um de-poimento para a próxima novela do SBT.
A trama Amor e Revo-lução estreia no dia 31 de março, e gira em torno da Ditadura Militar no Brasil.
“O autor, Tiago Santia-go, procurou por pessoas que haviam passado por torturas durante a ditadu-ra a fim de coletar depoi-mentos que, ao final de ca-da capítulo, serão exibi-dos”, explica Derlei.
A içarense, que é profes-sora e escritora, conta que a intenção do autor é mos-trar ao público que as cenas condizem com a realidade da época, ou seja, não são fictícias. Por isso, a necessi-dade de depoimentos de pessoas que passaram pe-los sofrimentos.
“Estive na sede do SBT, em São Paulo, no final de fevereiro. Lá fui muito bem recebida. Tive tratamento vip, com tudo pago. Além de gravar o depoimento, que foi bem longo, deixei o meu livro, junto com uma autorização para que o au-tor da novela possa usá-lo”, relata Derlei.
Em 2002, a escritora lan-çou um livro no qual conta as experiências vividas durante período de 1969 e 1970. Ela preparou comí-cios, organizou manifesta-ções, foi presa e torturada.
Segundo Derlei, a trama está sofrendo grande resis-tência por parte dos milita-res, que fazem campanha contra. “A gente sabe que estas campanhas e e-mails que estão sendo enviados para o SBT se devem à con-corrências entre as redes de televisão”, fala Derlei, so-bre o receio das outras e-missora à novela, que pro-mete ser sucesso.
A içarense declara que a-ceitou participar porque é “uma brecha para falar do assunto”.
“Apenas uma pessoa de São Paulo se recusou a dar depoimento. Mas, acredito que é bom participar, por-que só quem viveu a situa-ção pode falar como foi, pa-ra que as outras pessoas entendam”, ressalta.
Derlei informa que a co-missão da qual participa pede pela abertura dos ar-quivos das Forças Arma-das, julgamento dos tortu-radores e entrega dos cor-pos às famílias.
“Aproveitamos a opor-tunidade para pedir o em-penho do Governo Federal na questão orçamentária, técnico-científica e, parti-cularmente, na disposição política em abrir os arqui-vos. Somente tais documen-tos poderão fornecer as respostas sobre a localiza-ção dos restos mortais que procuramos a mais de 20 anos”, enfatiza Derlei.
A emissora de Silvio San-tos está preparando uma página na internet na qual vai disponibilizar vídeos dos depoimentos.
A trama conta com os atores Cláudio Lins e Gra-ziella Schmitt (José Guerra e Maria Paixão), que já no pri-meiro capítulo fazem a cena de um casal sendo preso e torturado por militares na época da ditadura.

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