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segunda-feira, 30 de maio de 2011

COLUNISTA - Viviane Maragno,


Distimia: estado crônico de depressão

Sinônimos e nomes populares: transtorno distímico, neurose depressiva, depressão neurótica, neurastenia, transtorno depressivo de personalidade.

O que é?
A distimia é uma doença do humor, como a depressão, porém ocorrendo de uma forma crônica, com a persis-tência de tristeza por longo tempo (pelo menos dois anos), durando a maior parte do dia, na maioria dos dias.
O que se sente?
Além do humor triste de forma prolongada, a pessoa pode sentir o apetite aumentado ou diminuído, insônia ou muita sonolência, sensação de baixa energia e cansaço, baixa auto-estima, com pensamentos de não ter valor ou ser incapaz, apresentando ainda dificuldade em con-centrar-se ou em tomar decisões, além de ter sentimentos de falta de esperança. Não necessariamente todos esses sintomas deverão estar presentes, mas muitos são co-muns. Diferentemente da depressão, a distimia pode dei-xar o indivíduo com a sensação de que este é o seu jeito normal de ser, com dizeres como “sempre fui desse jeito”.
Há, portanto, uma perda de autocrítica quanto à do-ença, o que, somado ao baixo in-teresse em várias áreas da vida, pode levar ao isolamento ou a uma vida limitada, com poucos relacionamentos sociais, inclu-sive dificuldades profissionais e familiares. Normalmente não há um período mais agudo da doença, com os sintomas sendo mantidos de uma forma estável durante anos, porém é comum ocorrer à depressão propria-mente dita em uma pessoa previamente com distimia, o que costuma ser chamado de depressão dupla. Em outros casos, pode ocorrer inicialmente um episódio depressivo, em que não ocorre remissão total dos sintomas, e que o quadro clínico caracteriza um episódio distímico.
Como se desenvolve?
A distimia freqüentemente começa cedo na vida, na in-fância, adolescência ou início da idade adulta, por isso facilmente confundindo-se com o jeito de ser da pessoa. Em crianças, muitas vezes expressa-se por irritabilidade e mau humor, ou então pode parecer “boazinha” demais, sendo uma criança que brinca e permanece quieta a maior parte do tempo, que não faz bagunça e não raro, diz-se que esse é o “jeitinho” dela. Em adolescentes pode associar-se principalmente à rebeldia e irritabilidade, mas isolamento e abuso de drogas podem ocorrer.
Como se trata?
A distimia em geral requer tratamento medicamentoso e psicoterápico. A medicação utilizada geralmente envolve antidepressivos, e nos casos em que há Comorbidade (presença ou associação de duas ou mais doenças no mes-mo paciente) com outras patologias, os tratamentos destas também se fazem necessário. A psicoterapia é fundamental no tratamento desses pacientes, podendo ser cognitivo-comportamental, ou de orientação analítica. Em alguns casos, a terapia familiar pode auxiliar na melhora do paciente e de sua família, uma vez que eles vem há muitos anos com um padrão disfuncional de comportamento e relacionamento entre os membros.
Até a próxima semana com mais um assunto.

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