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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Colunista Edna Benedet

Os negros e o mercado de trabalho

O Brasil é o segundo maior país no mundo em quantidade de negros, fora da África, perdendo apenas para Nigéria que ocupa o primeiro lugar.
Apesar da abolição da escravidão, os negros ainda sofrem muitas discriminações no mercado de trabalho em decorrência de sua “cor”. As funções que a maioria dos negros desempenham no mercado de trabalho, são subalternas, ou seja, de pouco prestigio no meio social. São funções exercidas na construção civil, serviços braçais e pesados, serviços domésticos, ou no mercado informal, sem qualquer direito trabalhista.
Apesar dos negros constituírem 35,7% da População Economicamente Ativa (PEA), ganham em média, 64% da remuneração paga aos brancos. A situação é ainda mais grave em se tratando da mulher negra, ainda mais discriminada, que sofre discriminação dupla, a primeira por ser mulher e a segunda por ser negra.
Se pararmos para refletir um pouco, vamos perceber que a discriminação contra os negros, se faz presente no nosso dia a dia e nem percebemos, pois esse racismo se expressa em nosso cotidiano de forma camuflada, a ponto de a sociedade não se considerar racista.
Todavia, se formos observar com mais cuidado, vamos perceber que nas lojas, nos shopping, nos hotéis, nos caixas dos bancos, supermercados, dentre outros lugares, continua-se a dar preferência pela contratação das pessoas não negras. Tornando-se totalmente visível a ausência de pessoas negras em postos de trabalho de destaque, principalmente naqueles de atendimento ao público, pois nestes casos a aparência é um critério de seleção. Desta forma, apesar de o racismo de processar em nossa sociedade de forma obscura e anônima, ele continua presente de todas as formas e em todos os lugares. Porém, uma sociedade justa e igualitária, somente será possível, quando eliminarmos qualquer forma de discriminação.

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