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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Geral: Uma cidade embaixo d’água

Há mais de dez anos o centro de Içara não via uma enxurrada tão forte. Cerca de quatro horas de chuva deixaram a maioria das ruas alagadas. Algumas, inclusive, com mais de um metro de lâmina d’água.

Casas inundadas, carros em baixo d’água, comerciantes ilhados em suas lojas e muito prejuízo. Esse foi o resultado da enxurrada que afetou profunda e intensamente todos os bairros de Içara no final da tarde de ontem. Uns menos e outros mais atingidos financeiramente, cidadãos foram às ruas para prestar auxílio ou simplesmente matar a curiosidade com esta, que foi a maior enchente geral em Içara em mais de dez anos.

Menos de quatro horas de intensa chuva foram suficientes para deixar grande parte dos bairros da cidade literalmente em baixa d’á-gua. No Centro, alguns locais acumularam mais de um metro de lâmina d’água e, como diversas bocas de lobos estavam entupidas não dando conta da vazão, algumas ruas tiveram de ser interditadas.

A esquina da Rua Vitória com a Ipiranga foi uma das primeiras a ser trancada. Quem se arriscou a atravessar antes de as barreiras serem colocadas, teve que encarar água até quase a janela do carro.

Apesar de nenhum acidente grave ter sido registrado como consequência da forte chuva, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Içara foram acionados várias vezes para conter carros que foram levados pela força da água ou ainda para ajudar no fluxo do trânsito, que, devido ao pânico dos motoristas, virou uma grande confusão, com destaque para Centro e a SC-444, onde um Fusca foi carregado, indo parar em uma garagem às margens do rodovia. A Avenida Procópio Lima e as proximidades da Casa do Rock também foram inundadas.

No bairro Jaqueline, o muro de uma casa chegou a ser derrubado pela força das águas. Já na Praça da Juventude Fernando Pacheco, o vão da Ferrovia Tereza Cristina foi inundado em poucos minutos e obrigou o trem a novamente parar no Centro de Içara. A solução encontrada foi dividir os vagões da locomotiva em duas partes para não acumular peso. No entanto, a resposta para a questão não veio imediatamente e o trem ficou parado durante mais meia hora, inviabilizando o trânsito em alguns pontos.

No quesito energia elétrica, a chuva não foi grande problema, mas os raios da tempestade deram dor de cabeça para a Coopera liança. De acordo com o responsável pelo departamento técnico, Júlio da Silva, as descargas atmosféricas provocaram a queimade alguns elos dos fusíveis, o que deixou alguns pontos nos bairros Nossa Senhora de Fátima, Vila Nova e Segunda Linha sem energia elétrica.

Até o fechamento da edição a única escola a cancelar as aulas na noite desta quarta-feira foi a Antônio Colonetti, do bairro Jaqueline, que registrou até 50 centimetros de água nas salas de aula.

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