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quarta-feira, 20 de maio de 2009

VARIEDADES - Na semana do Gari, os de Içara comemoram data trabalhando

No Centro de Içara, são 6 garis efetivos, que contam como funciona a profissão, quais as curiosidades e quais os principais problemas encontrados na função, sempre com bom-humor.

O Dia do Gari aconteceu no dia 16, sábado, mas Maria das Dores de Souza e os cinco colegas celebraram a data trabalhando.

Eles prestam serviços como gari no município de Içara, todos os dias, das 5h às 11h. Maria das Dores é a única que trabalha até as 13h, pois é a responsável pela limpeza dos banheiros públicos da Praça da Igreja Matriz São Donato, no Centro de Içara.

Segundo ela, é muito bom trabalhar como gari no município, pois “o serviço é tranquilo, não se incomoda com ninguém e a gente ainda se diverte”.

Das Dores está na função há nove anos. Embora ache bom o serviço, a gari assume que as condições não são tão boas assim: ela e os colegas não têm uniforme para o trabalho; não recebem protetor solar para usar em dias de sol forte, quando vão limpar as ruas do Cento; as pessoas pelas ruas não respeitam seu trabalho, chegando a atrapalhar, algumas vezes. “Há casos de mulheres ignorantes que espalham de propósito com o pé a sujeira das ruas que a gente amontoa, quando varre. Se reclamamos, elas ainda dizem assim ‘vocês são pagas pra limpar mesmo’, sem a menor consideração”, conta a gari, que tem 52 anos.

Mas, com muito bom-humor, ela releva e conta que já teve casos engraçados como quando viu um corpo de manhã cedo estirado na praça e chamou a polícia, depois constataram que o sujeito estava apenas bêbado.

“Também quando vou limpar o banheiro e tem ‘cocô’ de gente, claro, no chão, na porta, tudo espalhado... Sobra para mim, né?”, conta ela com humor.

O colega dela, Alcebíades Pereira, que também presta serviço como gari há nove anos, conta que repreende muitos homens que espiam o banheiro público feminino. “Uma vez ainda encontrei um cara pelado no banheiro masculino”, conta.

Quando há festas no local, todos têm que trabalhar até mais tarde, mas recebem pelas horas extras. “Na Festa da Tainha, por exemplo, trabalhamos até as 17h”, informou Maria das Dores.

Inclusive, quando ocorrem brigas entre bêbados em festas no Centro da cidade, principalmente na parte da noite, os garis são os responsáveis por chamarem os segurança ou a polícia.

Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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