Na manhã do último sábado, dia 15, precisei tomar um ônibus para me deslocar ao balneário Rincão. (dia inclusive que ocorreu a final do Garota Verão, por isso já era de se esperar o excesso de movimento).
Ao entrar no veículo, quase não havia acentos disponíveis e o movimento já era intenso. Mesmo assim, consegui um lugarzinho ao lado de um senhor. Foram preciso apenas duas paradas para que o veículo já estivesse com todos os lugares e corredor ocupados.
De início, achei normal. Tirei um livro da bolsa afim de desfrutar de uma boa leitura durante o percurso. De repente, o ar não era o mesmo naquele local. A mistura de perfumes, que dava sensação de enjôo, se tornou nula perto do constrangimento de estar quase em cima do senhor que estava ao meu lado. Tirei os olhos do livro e não acreditei no que estava ocorrendo: o número de pessoas era suficiente para preencher quatro ônibus. O fluxo no corredor era tanto que eu, sentada, estava sendo empurrada para o lado (praticamente em cima do passageiro ao lado), porque aquelas pessoas que, como eu, pagaram (e não foi pouco) para estar ali, praticamente lutavam por um mísero lugar no corredor. Que transtorno, que absurdo! O calor era intenso. O pior de tudo é que parecia que, de certa forma, aqueles cidadãos já estavam conformados com aquela situação. Ninguém questionou, ninguém reclamou. O que ocorria era alguns comentários isolados, que naquele momento não faziam diferença.
Crianças e idosos estavam a bordo e não foram respeitados. Onde está a fiscalização para barrar esses absurdos? De que adianta tanta aquisição de ônibus com ar-condicionado se, na hora da “pressão”, a empresa sequer é capaz de mandar outros ônibus para emergência. Tremenda falta de organização!
Agora eu alerto: empresários dessa empresa deveriam procurar ficar a par dos acontecimentos da cidade. Se a final do Garota Verão ia ocorrer no Rincão, o mínimo a se esperar é movimento intenso nessa data. Além do mais, os motoristas não enxergam o número de pessoas que saem da rodoviária? O leitor e todos dessa empresa devem concordar que o mínimo de sabedoria deixaria claro que o movimento de partida grande é consequência de outro grande movimento que já estará esperando nos bairros e no centro.
Kelley Alves, acadêmica de Jornalismo
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