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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

COLUNISTA - Élza de MELLO: Nuances de vidas em crônicas (Parte 8)

Em nossa caminhada pela vida, nosso caminho se cruza com caminhos de diferentes pessoas. Na maioria das vezes são pessoas de nossas relações familiares, de nosso convívio, de nossa profissão. Mas há também o encontro com pessoas especiais. São pessoas que nos envolvem, nos inebriam de bons sentimentos... nos plenificam. Esses são, com certeza, seres especiais, pois parecem que foram colocados em nosso convívio, nos ambientes que frequentamos para nos oportunizar as tomadas de atitudes. Assim passamos a partilhar conhecimentos, experiências, análise de fatos.

Esta é a impressão que tenho quando estamos reunidos na AILA, Academia Içarense de Letras e Artes. E as decisões que tomamos passam a ter um envolvimento tão familiar que os sonhos passam a ter a mesma tonalidade, o mesmo rabisco na delineação da trajetória desenhada.

Bem, para elucidar o fato, preciso falar do convite que a amiga e acadêmica, Sônia Therezinha nos propôs: a filha alugou um espaço e montou a Lanchonete D’AVÓ, na Rua Marcos Rovaris. Como a casa é uma das mais antigas (ainda de pé), ela ocupou o espaço rés-do-chão, como diríamos em bom português. A parte superior está vazia e ela nos propôs usarmos para a Casa do Escritor Içarense.

Achei maravilhoso, pois, termos um espaço para os nossos fazeres e encontros é um sonho de todos. Ela ainda afirmou que a sala é pequena, mas se incrementarmos ela poderá nos servir como referencial, e nos dará um espaço para poder tê-las guardadas, e em mãos, a literatura atual e as que futuramente produzirmos.

Assim, fui conhecer o lugar que a amiga nos acena num ato de carinho maior que as suas posses, é uma cortesia que ela nos passa com total gratuidade.

Desci a rua observando a diferença de algumas décadas atrás. O sobradinho de Amaro Cardoso continua intacto, parecendo espiar as mudanças ocorridas nas duas últimas décadas. O mais parece que as mudanças engoliram. O traçado de uma nova galeria trouxe a demolição da Padaria Ipiranga e planeja também outras demolições na rua Marcos Rovaris. É o reverso do progresso, é verdade. Mas isto me traz a preocupação com o registro do que tivemos, porque tivemos e porque não a teremos mais.

Outros saudosistas sei que me entendem, pois convivemos com as preocupações dos registros nos afazeres acadêmicos.

Pois bem, encontrei a identificação que a amiga me passou. Lá estava D’AVÓ em todas as letras necessárias, e com o designer de uma xícara fumegante. Muito acolhedor! Entrei e a Rian, acompanhada pelo marido, creio eu, me recebeu com um sorriso largo e acolhedor. É uma casa familiar, queremos que seja a extensão de nossa casa, falara a minha amiga. Mas, ao entrar, as lembranças me vieram em turbilhão. Estava na casa do Seu Lila (Melquíades Bonifácio Espíndola), a casa em que o Seu Bona cresceu, entre outros irmãos?

E então passou por mim a imagem de um tempo em que a rua Marcos Rovaris, a única com calçamento, era o cenário dos desfiles do Sete de Setembro e outros eventos.

Bem, o restante continuo na próxima edição. Até lá!

Nuances de vidas em crônicas (Parte 1)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 2)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 3)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 4)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 5)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 6)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 7)
Nuances de vidas em crônicas (Parte 8)

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