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quarta-feira, 29 de julho de 2009

COLUNISTA - Élza de MELLO: Nuances de vidas em crônicas (Parte 6)

Viajamos por algumas horas, passamos por povoados e por algumas cidades. Era uma manhã fria e a garoa cobria as encostas dos morros e subia dos vales, dos rios e regatos. Ao chegarmos à cidade de Praia Grande, conforme o combinado, paramos próximo da praça.

Eu me dirigi até a uma papelaria para comprar um cartão, enquanto outros acompanhantes tomavam o cafezinho da garrafa térmica que a Rosi havia levado. Era o reforço do desjejum que havíamos feito antes de tomarmos a estrada. Conversamos e tomamos informações para nos orientarmos.

A dona da papelaria nos disse que a ponte de acesso ao povoado de Santa Luzia havia caído com as últimas chuvas, então deveríamos tomar o próximo desvio e atravessarmos por uma ponte ainda provisória. Assim tomamos nossos lugares, nos carros, e rumamos para o lugar onde haveria a celebração que procurávamos.

Andamos por algum tempo entre árvores, meandros do Rio Mampituba, os bananais bem tratados e limpos pela encosta dos morros e vales. As bromélias enfeitavam as árvores e, os mais diversos cipós abraçavam troncos centenários numa efusão de vida.

Só os buliçosos insetos e os pássaros estavam calados na manhã fria e embalada pelo minuano, que descia da serra majestosa que emparedava a cidade com os seus mistérios. Tudo é muito grandioso quando se anda entre vales e serras. Há o sombrio, os declives, mas há também o majestoso, o imponente, o píncaro que parece nos aproximar mais de Deus.

E com estes pensamentos místicos, que sempre me ocorrem quando ando por lugares de natureza exuberante, chegamos ao santuário de Santa Luzia.

As pessoas nos cumprimentaram e pude observar a semelhança entre elas. Dava para se reconhecer a cada um dos familiares Réus, ainda que estejamos a algumas gerações, da família migrante de Sanga Funda e, consequentemente, de Içara.

Há os guardiões da família, e esta a razão de nossa presença a um festejo familiar tão especial como as Bodas de Ouro de Edy e Aniceto Patrício Réus. E como a chama desta união e amizade familiar vem se estendendo por várias gerações, nossa presença era também uma gratidão e, até mesmo uma obrigação para com o casal.

Até a próximação semana, com a continuação...

Nuances de vidas em crônicas (Parte 1)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 2)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 3)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 4)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 5)
Nuances de vidas em crônicas (Parte 6)
Nuances de Vidas em Crônicas (Parte 7)

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