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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POLÍCIA - Contradições sobre momentos antes da morte de Volnei de Carvalho

Conheça versões do Hospital São Donato e dos vizinhos que cuidavam de Nei, o homem de 50 anos, encontrado morto, há dois dias, no subsolo de um prédio em construção no Centro de Içara.

“Ele morava aqui como um cão abandonado”, conta Carlos Roberto Nunes, conhecido como Teixeira, vizinho de Volnei de Carvalho - encontrado morto no início da manhã de terça-feira, dia 16 de setembro, em uma garagem alagada de um prédio em construção, no Centro de Içara.

Teixeira era locador de um bar anexo à casa de Nei (como Volnei era chamado). Ele e a esposa, Maria da Glória, cuidavam dele, davam-lhe almoço, lavavam as roupas e eram os companheiros diários.

Nei morava em um casebre com poucos móveis e em situação precária. Desempregado, recebia menos de um salário mínimo como indenização por perder alguns dedos trabalhando.

A família de Nei raramente o visitava, segundo Teixeira, e não se importavam com as condições precárias da vida que levava.

“Era alcoólatra, todas as noites bebia, aqui, no bar, mas nunca arranjou encrenca ou confusão. Ele sofria desmaios constantes, mas sempre conseguíamos reanimá-lo”, conta Teixeira.

Na noite de quinta-feira, dia 10, segundo o vizinho, Nei passou mal e caiu de bruços no chão de casa, os filhos de Teixeira o avisaram, mas dessa vez não foi possível reanimá-lo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e o levou ao Hospital São Donato (HSD), em Içara.

Já a diretora administrativa do HSD, Morgana Zoch, diz que o paciente chegou ao hospital às 10h da manhã de quinta-feira. Foi medicado e ficou em observação até as 21h30min, quando recebeu alta.

Enquanto a direção telefonava para a família, para que viessem buscá-lo, Nei evadiu-se do local sozinho, com a roupa do hospital, sem ser notado.

Ele foi encontrado na manhã de terça-feira, dia 16, morto na garagem de um prédio em construção, na mesma rua do HSD.

Morgana conta que assim que percebeu o sumiço de Nei, contatou os vizinhos e informou-lhes o ocorrido.

O casal de vizinhos que cuidava de Carvalho alega só ter tomado conhecimento do fato, dias depois, quando encontraram o corpo e precisaram ir até no local para fazer o reconhecimento.

A causa da morte, suspeita-se ter sido por causa de um desses ataques de desmaio de Volnei. “Ele deve ter tido o ataque, caído de bruços na poça de água e se afogado”, comenta Maria da Glória.

O Instituto Médico Legal descarta a possibilidade de violência ou assassinato, por não encontrar evidências físicas e colocou no laudo médico que a morte foi por afogamento.

Fotos: Djonatha Geremias (Jornal Içarense)
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