Os 220 ex-funcionários da massa falida da Vectra Revestimento Cerâmicos, de Içara, estão na expectativa para receber os cerca de R$ 5,5 milhões de créditos trabalhistas da empresa, que encerrou as atividades há mais de 5 anos.
Um novo leilão será realizado dia 18 de setembro. O total de bens no valor real está avaliado em 8,8 milhões. O problema, segundo Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas e Construção Civil de Criciúma e região, é o suposto interesse da Prefeitura de Içara em comprar o local para instalar os setores do serviço público. “Parece que o prefeito quer pagar somente o valor da alienação, calculado em cerca de R$ 3 milhões, que não quita nem a divida com os trabalhadores”, explica.
Itaci acredita que a administração municipal não tem recursos para a compra e por esse valor, o sindicato e os demitidos não aceitam a venda e preferem que as negociações sejam efetuadas no leilão.
Para avaliar a situação, ocorreu ontem uma assembléia com os ex-funcionários na sede do sindicato. “Eles estão bastante revoltados e vamos pensar em ações para resolver a questão”, comenta Sá.
Com o fechamento da empresa em 2005, 76 trabalhadores assumiram a gestão no sistema de cooperativa e formaram a Coopervectra. Investiram na produção de 1,2 toneladas de massa atomizada mensais comercializadas para Santa Catarina e São Paulo e no ano passado iniciaram a produção de listelos cerâmicos. Mas a Justiça exigiu que eles paralisassem as atividades para que a cerâmica fosse a leilão.
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