"Não adianta buscarmos os culpados. Temos que encontrar soluções".
Com esse questionamento a presidente do Sindicado dos Servidores de Içara, Edna Benedet da Silva, definiu o atual panorama entre a prefeitura e os funcionários públicos.
A situação desses servidores continua complicada de modo que alguns têm dificuldades em alimentar ás famílias.
O sindicato entrou com uma liminar com o objetivo de determinar o pagamento do mês de dezembro, e para os meses posteriores a efetuação da remuneração não ultrapassar o 5º dia útil. Conforme a presidente foi determinado pelo juiz da comarca, Marco Augusto Ghisi Machado, que a partir de janeiro os pagamentos não podem passar do 5º dia útil. Porém, em relação a remuneração do mês de dezembro, Machado acatou o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TRE), que entendeu que o caso deveria ser resolvido em ação própria. Após essa decisão os servidores entraram com uma ação de cobrança, que pedia a liminar para o último mês de 2008. Feito isso, o juiz ordenou que a prefeitura se posicionasse em até 72 horas. Agora os funcionários esperam por um possível acordo.
O assunto tem gerado repercussão no município. Se de um lado trabalhadores querem receber pelos serviços do outro a Administração Municipal entende que essa não é uma dívida que lhes cabe.
De acordo com o procurador do município Wal-terney Réus, ainda não se tem uma solução por parte da prefeitura. "Ainda não temos uma saída, mas a meta principal agora é o pa-gamento do mês de janeiro", informou Réus.
Questionado sobre o mês de dezembro o procurador foi direto. "Vamos buscar soluções para esta remuneração desde que esta esteja dentro das condições do município. A realidade é uma só: o antigo prefeito não deixou dinheiro em caixa para essa dívida", debateu.
O advogado completou garantindo que a equipe tentará efetuar as dívidas dentro das condições do município. "Sem nenhuma loucura ou precipitação e obedecendo aos devidos critérios", prevê.
A presidente do sindicato expôs o caso ressaltando que o acontecimento é de extrema gravidade e que é preciso um consenso. "Uma crise tão delicada quanto esta, onde várias pessoas estão sem receber salários, sendo até privadas dos meios indispensáveis para o sustento de suas famílias, a melhor solução é o diálogo, a maturidade e a negociação", apelou Edna Benedet.
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