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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Polícia: Irregularidades e detenções marcaram eleições em Içara

Depois de três meses de brigas, acusações e ameaças, várias medidas foram tomadas para prevenir qualquer irregularidade no domingo de eleições. Ainda assim, o final de semana do pleito municipal não foi nada tranqüilo. Cerca de dez pessoas foram detidas. Contudo, pela campanha eleitoral conturbada de Içara, o esperado era bem pior. "Eu esperava muito mais, devido aos últimos fatos. Porém, a vinda dos 30 sargentos de Florianópolis, as nossas operações de prevenção e a decretação da portaria da proibição de comícios, car-reatas e bebidas alcoólicas pela Justiça Eleitoral ajudaram e muito para que o crime fosse reprimido", comenta o comandante da 2a Cia da PM, Capitão Cristian Dimitri.
Venda ilegal de bebidas alcoólicas
As primeiras irregularidades apareceram já no sábado, véspera do pleito. Quatro foram detidos por vender bebida alcoólica, quando uma portaria da Justiça Eleitoral havia proibido na quinta-feira a comercialização de álcool durante as eleições 2008. A polícia deteve quatro donos de bares, que foram flagrados trabalhando ilegalmente. As prisões ocorreram nos bairro Jardim Elizabete, Vila Nova, e Balneário Rincão.
Os estabelecimentos foram fechados e os comerciantes encaminhados à Delegacia de Polícia Civil. Segundo a polícia, eles responderão a um termo circunstanciado em liberdade.
Compra e venda de votos no município
Dois cabos eleitorais e um eleitor foram detidos pelo crime de compra e venda de votos. O primeiro, segundo o delegado Vitor Bianco Júnior, estava em um automóvel Gol, com placas de Araranguá, "em posse de santinhos e dinheiro que teria sido utilizado na compra de votos", conta.
De acordo com informações da Polícia Civil, com o suspeito foram apreendidas notas de R$ 10 e R$ 50 enroladas e uma lista com nome de pessoas e locais de votação. A polícia ainda afirma que o suspeito teria negociado R$ 100 com um eleitor, que aceitou a troca e também acabou detido. "No bolso dele foram encontradas cinco notas de R$20, presas por um clip de papel", explica capitão militar Dimitri.
Já o segundo crime eleitoral foi registrado no bairro Nossa Senhora de Fátima. O suspeito foi detido com uma quantidade de dinheiro não especificada pela Polícia Civil, além de materiais de campanha. Ele estava distribuindo o material e o dinheiro para eleitores próximos de um local de votação. Todos irão responder em liberdade.
Motorista convocado não comparece
Um funcionário público foi detido por desacato a autoridade. Ele foi convocado pela Justiça Eleitoral para trabalhar como motorista. Porém, não compareceu. E, mesmo com atestado de saúde, teve a prisão decretada. De acordo com o site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o eleitor convocado para trabalhar que não comparecer sem justa causa apresentada ao juízo eleitoral até 30 dias após o pleito, incorrerá em multa a ser fixada pelo juiz . Se o faltante for servidor público ou autárquico, como é o caso, a pena deve ser de suspensão por até 15 dias.

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