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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Polícia: Depois Depois de quatro meses, motoristas do país perdem o medo da Lei Seca

"É completamente normal. O pessoal escuta na mídia que a nova lei é mais rígida, ou que a fiscalização é maior e acabam se assustando, por não saberem o que vai acontecer. Mas, depois de um tempo, notam que não muda muita coisa e voltam às rotinas", explica Adilson de Oliveira, comandante da Polícia Militar Rodoviária (PMR) de Içara.
Um estudo da Polícia Rodoviária Federal alerta para esse novo aumento do hábito de beber dos motoristas. "Muitos condutores estão retomando o hábito de beber antes de dirigir e apostam nas deficiências da fiscalização, sobretudo no interior do país, para não serem punidos", revela o estudo da polícia.
Segundo Oliveira, alguns nem deixaram de fazê-lo, mas tem artimanhas. "A grande maioria não deixava de beber, mas procurava caminhos alternativos quando vinham de festas para não ter que passar em frente à polícia, na SC-444. Isso já é alguma coisa, já que pelo menos, eles não provocam acidentes nas estradas maiores", conta.
Acidentes de carros diminuem em 6%
O número de acidentes na rodovia SC-444, em Içara, caiu em decorrência da vigência da Lei Seca, mas, após quatro meses, o ritmo de diminuição dos acidentes é fraco.
Dados da Polícia Militar Rodoviária de Içara mostram que de 19 de junho (dia em que a lei foi aplicada) a 22 de outubro deste ano, foram 149 acidentes, sendo que em 64 destes houve feridos e em um deles, morte.
Em 2007, quando a Lei Seca ainda não vigorava, de 19 de junho a 22 de outubro, o número de acidentes foi de 158, sendo que em 80 houve feridos e em dois, mortes.
Ou seja, no mesmo período em dois anos, a redução de acidentes foi de cerca de 6%. Segundo sargento Costa, também da Polícia Rodoviária de Içara, quase todo acidente tem casos de pessoas que ingeriram álcool antes de dirigir.
Como funciona a chamada Lei Seca
A Lei Seca considera crime conduzir veículos com qualquer teor de álcool no organismo. A punição para quem não cumprir a lei é considerada gravíssima e prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955 e retenção do veículo.
A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). Acima de 0,3 mg/l de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista (de seis meses a três anos).
Antes da Lei Seca, somente motoristas com mais de 6 decigramas de álcool por litro (o equivalente a dois chopes) de sangue eram punidos. "Nós estamos com uma forte fiscalização com quem dirige alcoolizado. Por isso, prevalece a máximapara os motoristas: se bebeu não dirija e se for dirigir não beba", aconselha o comandante.

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