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sexta-feira, 3 de junho de 2011

POLÍCIA - PC prende servidor içarense por suspeita de fraude no IPTU

Após receber denúncia de que um funcionário público cobrava propina no valor de R$ 350 para fraudar Imposto Predial e de Territorial Urbano a Polícia Civil deteve M.V. por corrupção passiva.

(Alex Cichella/Jornal Içarense)

A detenção de um servidor público de Içara causou alvoroço na Prefeitura Municipal na tarde desta quarta-feira.
Depois de dois meses de investigação a Polícia Civil de Içara deteve em flagrante MV., 26, funcionário do setor de arrecadação e de tributos da Administração Municipal, por cor-rupção passiva. Ele é suspeito de cobrar R$ 350 para fraudar o valor de IPTU (Imposto Predial e Territo-rial Urbano).
Depois de receber uma denúncia, na manhã desta quarta-feira, os investigadores montaram campana em uma rua do Presidente Vargas, e flagraram V., dentro do carro dele, com R$ 350, em notas de R$ 50, recebidos do suborno na venda irregular de um terreno. De acordo com a polícia o suspeito deve ter cobrado propina na venda de outros dez lotes. Os compradores devem ser intimados para depor nos próximos dias em caso de comprovar en-volvimento podem ser arrolados no processo de cor-rupção passiva.
A Polícia Civil vai tomar novos depoimentos para saber se ele agia sozinho ou existem outros envolvidos no esquema.
M. se beneficou do direito constitucional e não se manifestou na Delegacia de Polcia Civil de Içara, devendo fazer somente em juízo. Após registro da ocorrência, o suspeito foi encaminhado ao Presídio Santa Augusta, em Criciúma.
O chefe do setor de arrecadação, Júlio Cruz, afirmou que foi uma surpresa a prisão do servidor e acredita que vai ser convocado a depor pela Polícia Civil. “Nunca desconfiei de na-da, se soubesse de algo já tinha denunciado”, comentou.
O advogado Rangel Za-noni, que deverá fazer a defesa do suspeito, acompanhou V. na delegacia. O processo foi encaminhado ao Fórum de Içara por denúncia em flagrante para ser assinado pelo juíz co-mo auto de prisão. “Vou entrar amanhã (quinta-feira) com o pedido de liberdade provisória”, finalizou o defensor.
Como o processo corre em segredo de justiça as in-formações sobre esse caso são mínimas.

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