Polícia: Mulher içarense é chefe de quadrilha interestadual de tráfico de drogas

Depois de mais de dois meses de investigações, a Polícias Civis de Criciúma e Araranguá conseguiram desarticular uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas.
Dois paranaenses, dois gaúchos e uma moradora do Balneário Rincão, que segundo a policia é a cabeça do grupo, foram presos quarta-feira.
Com eles, a polícia apreendeu drogas que renderiam em torno de R$ 100 mil . A droga foi trazida do Paraná por Priscila Farinha, 20 anos, grávida de cinco meses, e Rodrigo Machado, 23 anos, em um Palio. Eles tinham como destino a cidade de Torres (RS).
Depois de passar por Içara e já largar um pouco da droga no bairro Jaqueline, os suspeitos marcaram um encontro no estacionamento de um centro comercial às margens da BR-101, em Criciúma, onde Ezequiel e Enor, do Rio Grande do Sul, esperavam em um Golf. "Eles pegaram a BR-101 em direção a Torres. O motorista do Golf partiu na frente, seguido pelos ocupantes do Palio", explica o delegado da Central de Polícia, André Milanese. O grupo foi preso em Araranguá.
Segundo o delegado, a polícia encontrou quatro quilos de crack, em vários locais do veículo: dois quilos escondidos debaixo do banco do carro, um quilo no porta-luvas e outro quilo dentro do filtro de ar do automóvel, todos acondicionados dentro de grandes bexigas de aniversário, para disfarçar o odor. Também foram encontrados 200 quilos de cocaína já refinada e embalada para transporte, além de oito celulares, dezenas de chi-ps para celulares, e mais R$ 2.600,00 em dinheiro.
Enquanto os quatro eram presos, uma outra equipe operava no Balneário Rincão, em Içara. Lá, eles prenderam Neuza de Souza Machado, 44, apontada como chefe da quadrilha pela polícia.
As suspeitas iniciaram com o marido de Neuza, Joel Pereira, que morava em Içara. Ele e um sobrinho foram presos no início de agosto, no Para-ná, transportando 682 quilos de maconha. A família dos traficantes não se abalou com a prisão e continuou com as ações. Os cinco foram presos em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico e podem pegar de cinco a 15 anos de cadeia, em regime fechado.